Overdose de Inteligência artificial

Planning News | Edição #005

Imagem: Montagem sobre fotos Wikimedia Commons

Hoje em dia, parece que todo mundo quer ser (ou pelo menos parecer) o novo gênio da inovação. O expert em automações. A “mente brilhante” que vai transformar tudo com um prompt bem escrito ou com uma ferramenta que promete mudar sua vida.

É como se usar palavras da moda garantisse autoridade automática e a primeira pessoa a mencionar “IA” numa reunião já saísse com moral elevada.

A verdade é que a inteligência artificial se tornou uma buzzword.

Um “selo de ouro”. Uma isca de cliques. Um atalho (nem sempre ético) pra ganhar “autoridade” ou para mostrar como “faturar milhões enquanto dorme e robôs trabalham por você”.

Mas é importante a gente lembrar que a tecnologia, sozinha, não resolve o caos. Ela acelera.

Se seu processo já era bagunçado, agora vai virar bagunça turbo.

Se você já estava perdido, vai se perder mais rápido.

E se sua comunicação já era genérica… vai virar mais um conteúdo no mar de mensagens automatizadas e sem alma dentro do oceano das ilusões digitais.

A overdose não está apenas nas ferramentas.

Ela está em um volume de conteúdo sem contexto.

No excesso de promessas sem processo, onde tudo se perde.

É uma pressa desesperada pra achar a nova ferramenta que vai resolver tudo num “passe de mágica”.

Mas no fundo… pra onde, exatamente, a gente tá correndo?

A gente está com pressa de quê?

E, antes de seguir, vamos ser honestos? Colocar o nome “inteligência artificial” em um slide não transforma uma solução comum em genialidade. #prontoFalei😅

IA de verdade é ciência. É matemática, estatística, lógica e volume de dados.

É análise. Aprendizado. Reconhecimento de padrões.

Por isso hoje eu vou compartilhar aqui sobre meus estudos, pontos de vista, análises, investigação e minha história com o assunto. Vou mostrar exemplos vivos aqui e ter uma conversa honesta com você. Então, leia até o fim 💙

Primeira observação: você provavelmente interage com IA todos os dias, sem nem perceber. Te garanto, quer ver?

Você já usa IA — mesmo sem perceber

  • Quando o celular é desbloqueado pelo seu rosto (reconhecimento facial)

  • Quando o Spotify recomenda uma música que você ama

  • Quando o Instagram escolhe qual post mostrar primeiro no seu feed.

  • Quando o Uber calcula a tarifa dinâmica

  • Quando sua caixa de entrada organiza os e-mails, deixando o spam de lado e priorizando o que importa

  • Quando o YouTube recomenda vídeos que prendem sua atenção por horas.

  • Quando o Waze recalcula sua rota com base no trânsito

  • Quando um anúncio te mostra algo que você estava falando e “do nada apareceu ali”.

Discreto. Útil. Estratégico.

Ou seja: IA de verdade é sutil, prática e inteligente, ela não é performática como esse show de horrores de prompts soltos e aleatórios para quem ainda não tem letramento digital suficiente e nem consegue parar pra fazer uma análise crítica da resposta e acredita em promessas milagrosas da internet.

Precisamos de pesquisa, compreensão e consciência. 

Estamos literalmente vivendo e atravessando juntos uma das maiores revoluções da história do planeta. Já parou pra pensar nisso?

Mesmo assim, tem muita gente achando que basta instalar um robozinho no WhatsApp pra virar “ágil”, “automatizado”, “eficiente”, tecnológico” ou dizer “agora tem IA aqui nos processos da empresa”.

Gente, IAs nos processos das empresas mesmo que indiretamente já existem há décadas, tá?🤓

E isso não é “inovador” ou “disruptivo”, hoje é básico, é essencial.

Tanto inteligência artificial, quanto automações (que são duas coisas diferentes).

Lembro quando criei minha primeira recorrência no Google Agenda anoooos atrás e pensei “uau, que incrível”.

Isso por si só é uma coisa super “simples”, mas que já me fez economizar tempo, podendo incluir rotinas e compromissos recorrentes de forma automatizada numa agenda sem precisar ficar ocupando minha mente e meu tempo com isso todo dia ou semana.

E por mais bizarro que pareça é algo que ajuda muito pessoas até hoje, tem clientes que eu ensino usar o Google agenda e ficam “wow” 🤯

E é nisso que acredito: em usar a tecnologia pra facilitar nossa vida de um jeito quase mágico e é no simples, no útil pra gente ter ainda mais tempo para pensar, criar ou descansar (que é tão importante quanto produzir).

Mas é importante fazer uma distinção aqui:

Nem toda tecnologia que parece mágica é, de fato, inteligência artificial!

Como assim, Duda? A recorrência no Google Agenda, por exemplo não é IA.

É uma automação.

Uma sequência de comandos que segue uma lógica pré-definida.

A diferença?

  • A automação repete um comando.

  • A IA aprende.

A IA observa padrões, analisa dados, ajusta comportamentos.

Ela entende o contexto (ou tenta).

Ela sugere, corrige, interpreta e improvisa.

Já a automação faz apenas o que foi programada para fazer (do mesmo jeito, sempre).

E o mais curioso é que, muitas vezes, é a tecnologia mais simples que gera o maior impacto na nossa rotina, é o famoso feijão com arroz bem feito!

Então, sim, a IA tem um potencial transformador enorme.

Mas antes dela… tem uma base de organização, processo e clareza.

Sem isso, até a ferramenta mais “inteligente” vira ruído, prejuízo ou perda de tempo.

Antes de tudo, sou curiosa

A tecnologia sempre esteve comigo, desde os tempos de internet discada. Minha história com ela começou cedo… e nunca mais parou.

Nasci em 1993 e aos 8 anos, tive acesso ao meu primeiro computador (que era da minha irmã, ela trocou um fusca por um computador naquela época, literalmente).

Aos 13 anos, criei meu primeiro blog. Naquela época, eu já tinha certeza: a internet era a maior revolução do nosso tempo. E tudo o que eu queria era crescer e trabalhar com computador.

Sou uma curiosa da tecnologia e da vida, tento aprender com tudo ao meu redor e sempre “conectar os pontos”.

E toda vez que lembro da primeira vez que me conectei à internet, me vem à mente uma cena da série Young Sheldon. Sabe aquela expressão de deslumbramento puro? Era exatamente como eu me sentia, essa cena me representa:

Série Young Sheldon

E foi uma sensação indescritível…

E de lá pra cá, nossa, quanta coisa aconteceu e mudou no mundo!

É por isso que IA é um tema muito mais denso que em 1.000 horas de conversa ainda assim não seria possível contemplar o todo porque literalmente as possibilidades são infinitas.

Eu Duda acho que não sei nem 1% do assunto e olha que eu pesquiso, estudo, texto, aplico, me informo (quando é preciso).

O buraco é muuuito mais profundo e por ser tão profundo pode assustar porque não é possível enxergar o fim.

E ao mesmo tempo que pode assustar também fascina porque é uma das criações mais inteligentes e poderosas do planeta na minha humilde opinião.

Minha curiosidade por tecnologia e negócios, me levou ao Vale do Silício em Fevereiro de 2020 pra realizar um sonho de estar presencialmente lá e ir explorar de perto sobre as histórias e realidade do mundo das startups e empresas que revolucionam o modo de viver das pessoas.

Um pouquinho sobre meu sonho de viagem nerd realizado 💙

Chorei na frente da garagem do Steve Jobs (tão eu kkk) e vivi momentos surreais ali. Foi nessa viagem inclusive que eu entrei num Tesla pela primeira vez, fui até o prédio do Zoom, Twitter, Google, Apple e visitei a faculdade de Stanford pra ter um dia de vivência lá. Foi incrível, eu nunca quero esquecer essas memórias.

Eu num Tesla em 2020 :)

E curiosidade: eu sou casada com um nerd, que estudou estatística e é especialista em SEO ou seja, nossos assuntos do dia a dia eventualmente envolvem algum tipo de tecnologia, nerdices, Google e dados rs.

E, obviamente precisei casar com um nerd porque caso contrário minha complexidade e profundidade nas coisas não seria compreendida e valorizada. Ele me questiona e me incentiva, me eleva e me leva além com perguntas inteligentes e conversas profundas (e eu gosto disso) sobre a vida e sobre tudo.

E é por isso que eu sei que:

A inteligência artificial não nasceu ontem

Muita gente acha que IA surgiu com o ChatGPT, mas o termo existe desde 1956, quando John McCarthy propôs a ideia de “fazer máquinas pensarem como humanos”.

Na época, isso soava como ficção científica e de certa forma, ainda soa um pouco né?

A tecnologia de hoje há anos atrás teria sido considerada magia.

Frase que ouvi no evento do Google essa semana mas não deu tempo de pegar o nome do autor e não voltei reassistir o vídeo ainda.

Entre os anos 60 e 2000, a IA evoluiu nos bastidores: resolvia problemas matemáticos, apoiava setores como medicina e logística, mas sem chamar atenção do público.

A virada mesmo começou em 2010, com o crescimento dos dados e do machine learning. A IA passou a aparecer no dia a dia: recomendações de produtos, assistentes virtuais, reconhecimento facial, tradução automática...

Mas o grande boom mesmo veio em 2022, a Open IA fez o lançamento público do ChatGPT e eis que:

A partir daí, "ChatGPT" virou sinônimo de inteligência artificial pra muita gente, inclusive quem nunca tinha ouvido falar em IA antes.

Começaram então os conteúdos do tipo “100 prompts para usar com o ChatGPT”, “Como ganhar dinheiro com IA”, “Essa IA vai mudar sua vida” e de lá pra cá o assunto tá cada vez mais popular e o mundo jamais voltará a ser como era!

Não é à toa que tem gente comparando esse momento que a gente tá vivendo com a revolução industrial.

Lá atrás, o que mudou foi a força física: máquinas passaram a fazer o que antes exigia horas de esforço humano.

Hoje, o que está em jogo é a nossa capacidade cognitiva porque agora, máquinas estão começando a pensar (ou pelo menos simular pensamento) como a gente.

Na revolução industrial, milhares de profissões desapareceram — e outras tantas surgiram.

Hoje não é diferente.

A diferença é que, agora, a mudança ocorre de forma exponencial.

As transformações estão acontecendo em ritmo acelerado, em múltiplos setores, ao mesmo tempo, e o que era impossível ontem, vira tendência amanhã.

E, assim como naquela época, tem gente com medo, tem gente resistindo, tem gente deslumbrada… e tem gente fazendo o que precisa ser feito:

Parar para pensar com calma no que isso tudo significa.

Porque, no fim das contas, não se trata só de aprender a usar IA.

Se trata de entender qual papel você quer ocupar nesse novo cenário e é isso que eu acredito que de fato assusta a gente, é tentar pensar em futuros ainda muito incertos.

É por isso que essa discussão vai muito além de ferramenta.

É sobre consciência. Estratégia. Intenção. É sobre vida.

A revolução tá só começando e o diferencial será humano

Um dado interessante que eu vi: segundo o MIT, 85% dos empregos em 2030 ainda nem existem. Isso pode ser meio assustador, mas a real é que é inevitável.

Sim, oitenta e cinco por cento!

Quando eu li isso foi tipo “caramba, 85% do que conhecemos como “normal” hoje em menos de 5 anos não vai mais existir”. É isso que assusta… o novo.

E tudo que temos como certeza hoje em C-I-N-C-O A-N-O-S vai mudar completamente.

Mas calma, respira fundo… tenta ver isso como uma oportunidade de desenvolver novas habilidades e viver algo novo. Empresas vão continuar precisando de pessoas pra trabalhar e a maioria vai exigir habilidades humanas: colaboração, criatividade, pensamento crítico e liderança.

Essa semana eu tava conversando com a Rafinha sobre isso, minha amiga desde os 13 anos de idade. E estávamos falando sobre como agora mais do que nunca as habilidades humanas serão um fator diferencial.

Aí ela me mandou essa foto, de uma aula que estava assistindo no MBA dela:

Print da nossa conversa no WhatsApp

Ou seja, o que a IA não vai substituir?

  • Sua intuição pra tomar decisões difíceis

  • Sua sensibilidade pra lidar com pessoas

  • Seu repertório de vida, dores e aprendizados

  • Sua ética e seus valores

  • Seu olhar estratégico e único sobre processos e objetivos da empresa

IA não tem alma. Não possui memória emocional nem sabedoria humana.

É a gente quem carrega isso e é exatamente por essa razão que precisamos continuar pensando e aprendendo, fazendo análises críticas e usando ela como aliada não como a criadora.

E por falar em criar…

No futuro tudo será projeto.

Jim Snides — um dos fundadores do PMI (Project Management Institute).

Vi essa frase e várias outras informações sobre o tema em Março de 2025 num evento do PMI e PUC-PR sobre gestão de projetos que eu participei aqui em Curitiba.

Algumas das fotos que eu tirei dos slides do evento 🤓

E eu Duda acredito 100% nisso e já aviso e prevejo um possível futuro (com base em dados) anotem o que eu tô falando: entre o final de 2026 e início de 2027 pra frente vai ter um boom em cursos de gestão de projetos, habilidades humanas, comportamentais e tudo que envolve isso.

Prepare-se pra essa “nova onda”, mas confie em quem já está jogando esse jogo há anos. Filtre com consciência e sabedoria.

Vai ter uma alta na busca por cursos de gestão de projetos (porque toda nova ideia será um projeto) liderança, comunicação, gestão e pessoas. Por qual razão? Porque isso vai surgir como algo “do futuro” mas na verdade é o que sustenta empresas desde o passado…

E aí você vai lembrar, “nossa a Duda já tinha previsto isso e inclusive ela já tem cursos sobre isso desde 2021 porque foi o que sempre valorizou”!

Alguns fatos sobre mim: sou teóloga de formação, minha primeira pós-graduação foi em 2016 em Liderança transformacional e de lá pra cá venho estudando sobre liderança, pessoas, projetos, processos, métodos, tecnologia, negócios e comunicação. Sou uma curiosa e entusiasta desses assuntos!

Mas a primeira vez que eu fui contratada como gerente foi em 2012, quando eu tinha 19 anos de idade, hoje em 2025 eu tenho 32, então, já são 13 anos de vivência na área.

E ddepois desse tempo fazendo o que faço, a minha opinião sobre IA é:

Nem vilã, nem heroína: a IA é só uma ferramenta

Na tela tem 2 livros, um curso de OKR aberto, uma apresentação que a gente enviou pro cliente e algumas anotações pra ajudar organizar o pensamento :)

Na semana passada mesmo a gente estava em uma reunião com um cliente que quer implementar OKRs na empresa dele e aconteceu uma situação bem interessante envolvendo o uso de IA e quero te contar sobre isso agora…

Caso você não conheça essa sigla, OKR quer dizer objectives and key results, que em português significa objetivos e resultados chave. De uma forma descomplicada, OKR é o nome de um método usado para definir metas estratégicas em uma empresa.

Bom, voltando… esse meu cliente falou pra gente mais ou menos assim na reunião:

“Uma pessoa que é referência pra mim me contou como alcançou muitos resultados com esse método. Então, eu usei o ChatGPT para organizar umas ideias e elas estão todas aqui nesse documento. Agora eu preciso de vocês pra gente levar isso para o Notion”.

O cliente (não vou falar nome por razões óbvias).

Uma das coisas mais legais da tecnologia e da IA é que elas podem trazer mais autonomia para as pessoas.

Por exemplo, esse cliente em outro momento teria que ler um ou vários livros, ou fazer um curso… ou seja, investir algumas horas pra poder entender a base da metodologia.

Com o ChatGPT, ele conseguiu entender um pouco sobre isso e ainda esboçar o que tava na cabeça dele pra apresentar um protótipo pro meu time e para mim. Isso é incrível pra que a gente possa ter um bom alinhamento de expectativas.

Uma pessoa com menos fluência em ferramentas digitais teria que me descrever a ideia, e a gente sabe que explicar algo que tá na nossa cabeça nem sempre é tão simples e fácil, né?

Mas ele conseguiu me mostrar 🎉

Quanto tempo será que a gente economizou em mensagens assíncronas, refações e ruídos na comunicação? (Não consigo nem pensar como calcular isso).

Usando as habilidades dele com IA e tecnologia, ele conseguiu me apresentar:

  • As dores dele em relação à abordagem usada atualmente para gerenciar as metas

  • Como ele queria implementar OKRs na empresa, considerando algumas adaptações por causa das especificidades do negócio

  • Exemplos de OKRs aplicados ao negócio dele, pra gente esboçar um painel de controle

Uma representação de como ele queria enxergar os objetivos e os resultados-chave lá dentro do Escritório Virtual que criamos para a empresa dele no ano passado no Notion.

E sabe qual foi a parte mais interessante disso?

Ele também teve a ideia de criar um agente no ChatGPT pra auxiliar os líderes da empresa a definirem os tais objetivos e resultados-chave. Ou seja, os líderes iriam informar alguns dados na ferramenta e solicitar ideias de como as suas áreas poderiam contribuir com a estratégia do negócio.

Nota 10/10 pra esse cliente nos quesitos proatividade e eficiência de processos!

Ao mesmo tempo, quando a gente colocou a lupa 🔍 — claro, porque aqui no Planning a gente não é “tomador de pedidos” — deu pra perceber algumas lacunas nessa ideia. E eu amo quando isso acontece haha até porque o meu cliente me contrata justamente pra encontrar isso e ajudar ele a chegar na melhor solução pras suas dores.

Se tudo estivesse resolvido, ele não precisaria do meu trabalho, né? 😅

Na hora de analisar no detalhe o material que a gente recebeu, a gente notou que:

O prompt que foi criado para que os líderes definissem as metas das áreas não considerava a estratégia da empresa.

O ChatGPT aparentemente não apontou a necessidade de que o nosso cliente informasse “pra onde a empresa está indo”.

“Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde vai.”

— Sêneca

Com base nas informações inseridas, o ChatGPT sugeriu um modelo engessado que podia gerar um número grande demais de objetivos e KRs por pessoa e causar falta de foco e priorização da equipe – o que foge completamente dos princípios fundamentais desse método.

O modelo estava complexo demais para o nível de maturidade atual da empresa. A estratégia do negócio indica o destino, ou seja, pra onde estamos indo como empresa.

E me diz: como é que diferentes pessoas podem chegar no mesmo lugar indo pra diferentes direções, ou quem sabe até direções opostas?

Mas Duda, é só falar pra IA “atue como especialista em [insira aqui a área de conhecimento]… blá blá blá”.

Preciso te dizer que não.

Não é só fazer isso.

Tá Duda, então digamos que eu acredite em você. Como eu vou confiar na inteligência artificial?

Aí que tá: ela não vai fazer com que você nunca mais tenha que estudar sobre um assunto ou não precise ter habilidades de análise crítica e continuar se desenvolvendo.

A IA pode encurtar caminhos, por exemplo, fazendo você ter uma noção básica sobre diversos assuntos, mas ela não pode ser sua única fonte de conhecimento.

Quando a gente “inputou” ou seja, deu informações pro ChatGPT sobre as bases do método, quais critérios iríamos considerar (baseado no que já aprendemos e praticamos) e sobre o contexto da empresa (sem inserir dados sensíveis, claro! – isso é um outro ponto importantíssimo), tivemos resultados completamente diferentes.

E, mesmo assim, ainda tivemos que questionar e criticar as sugestões, tá?

Posso te mostrar um pouco das respostas que tivemos ao identificar essas lacunas e discutir sobre elas com o chatinho (brincadeira, ele é legal kkk)

Print que a Marina me enviou sobre o papo dela com o chatinho

O que era uma solicitação quase que pra simplesmente materializar uma ideia no Notion (algo “simples”), na verdade acabou abrindo espaço pra uma conversa importante.

Provavelmente sem conhecimento profundo sobre o tema, a chance de implementar algo insustentável e meio “à la Frankestein” seria bastante grande.

E tá todo mundo sujeito a isso…

De forma alguma quero aqui fazer parecer que é uma crítica direcionada a uma pessoa, essa envolvida na história!

O meu cliente tem a gente do lado dele pra poder fazer essas análises críticas. 

Será que a gente tem especialistas de todas as áreas assim, do nosso lado, pra poder ajudar a gente a criticar os resultados dessas diversas solicitações que a gente faz pra IA todos os dias?

Mas ele é um cliente diferenciado, já tem letramento digital, utiliza ferramentas e está sempre buscando soluções.

E pra isso ele faz algo extremamente importante: estuda muito e está sempre investindo em treinamentos e consultorias pra empresa dele.

Ele trabalha de forma inteligente porque junta método e tecnologia, tudo em prol de criar o melhor possível para que pessoas possam realizar (o sonho de cliente, né?)🤓

"IA sem método é ilusão de produtividade. IA com método é clareza e impulso de estratégia."

Duda Herter

Às vezes, a overdose de informação tem o efeito contrário: em vez de aproximar, afasta. Com tanta coisa sendo dita sobre inteligência artificial o tempo todo, é fácil se sentir pressionada a acompanhar tudo e cair na armadilha do “se eu não testar agora, vou ficar pra trás”.

E é aí que mora o perigo.

Na pressa de parecer atual, muita empresa acaba dizendo sim pra qualquer novidade que aparece…

E deixa de lado justamente o que poderia ser transformador de verdade.

Começa um monte de coisa, mas sem critério, sem base, sem plano.

Mas a real é que, nesse momento, mais importante do que correr atrás de todas as ferramentas da vez…

É pausar.

Respirar.

E olhar com honestidade pro que já existe dentro da sua operação e buscar algo importante:

O equilíbrio: método + tecnologia

O time do Planning, o que a gente faz é levar métodos eficientes pra dentro das empresas

Muita gente acha que está travada porque não sabe usar IA.

Mas na verdade, está travada porque não sabe pra onde está indo!

É por isso que o método vem primeiro.

E no Planning is Cool, a gente estrutura tudo com base em perguntas que parecem simples, mas fazem toda diferença:

  • Quais os objetivos estratégicos dessa empresa?

  • Quais processos estão funcionando?

  • Quais estão travados?

  • Quais problemas realmente precisam de uma solução e não só de uma automação?

Se quiser conhecer mais sobre os nossos serviços, clique aqui.

Mesmo com tanta tecnologia chegando nas empresas, não podemos esquecer o essencial: quem faz tudo acontecer são as pessoas.

Quando essas respostas vêm, a IA entra como aceleradora e não como solução mágica.

E, no centro de tudo, continuam as pessoas

Por trás das ferramentas, existem pessoas.

Pessoas com contextos diferentes, limites, ideias, inseguranças, potenciais.

Não é justo nem eficiente tentar empurrar tecnologia goela abaixo sem pensar em quem vai usar.

Ela é útil quando vem depois do pensamento, não em vez dele.

Em resumo:

  • O método é o alicerce, o que sustenta.

  • A IA é a ferramenta, o meio.

  • As pessoas são o centro, o foco.

E é quando essas três forças estão alinhadas que as transformações acontecem.

Silenciosas, consistentes e sustentáveis.

No fim das contas, o desafio não é escolher entre tecnologia ou gente.

É saber usar a tecnologia sem perder de vista quem tá do outro lado da tela.

E com tanta tecnologia surgindo, o que mais importa é manter o diálogo aberto, transparente e real com quem tá dentro da empresa.

Ouvir de verdade, considerar o ponto de vista do time e criar espaço pra conversas honestas faz toda a diferença.

Não dá pra sair implementando um monte de ferramentas se você não capacitar as pessoas e criar a cultura do uso disso, mostrando os benefícios e oportunizando esse aprendizado também.

É isso que constrói um ambiente de trabalho mais colaborativo, mais leve e mais humano mesmo em meio à essa revolução digital.

Quando as empresas valorizam o pensamento crítico, a resolução de problemas complexos e a escuta ativa, elas não apenas fortalecem a cultura…

Elas criam um lugar onde as transformações realmente acontecem.

Usar tecnologia com eficiência é importante. Mas fazer isso sem perder o fator humano é o verdadeiro diferencial.

A melhor entrega vem de quem se sente valorizado.

De quem foi treinado, incentivado, respeitado e não apenas cobrado.

A IA é potente, sim.

Mas só faz sentido quando entra com propósito, e não por pressão.

Então, antes de sair plugando mil integrações por aí, se pergunta:

“Isso aqui resolve mesmo um problema real da minha empresa? Ou só tá me distraindo?”

Se você também tá sentindo esse bombardeio de “tem que usar IA”, e prestes a uma overdose de tanto informação, me conta aqui nos comentários.

Tô por aqui — pra gente conversar sobre o assunto e vou amar ler a sua opinião sobre o tema ou esse texto 💙

Do insight à ação

Quais insights a Planning News que eu escrevi hoje gerou por aí? E sobre eles, existe alguma ação que você precisa realizar pra te trazer mais paz?

Como de costume, no final de toda edição vou deixar uma sugestão de ação par a semana aqui:

Escolha uma parte da sua rotina que está te drenando sua energia.

Pode ser responder e-mails, criar pautas de reuniões, organizar ideias, algo que tá te tirando o sono…

Agora, pergunte:

  • Qual processo isso faz parte?

  • Isso poderia ser simplificado com uma IA?

  • O que precisa continuar sendo 100% humano?

O foco é no que você precisa resolver ou melhorar, não em dezenas de ferramentas que precisa testar.

Teste. Ajuste. Reflita.

Não pra seguir modinha, mas pra construir o que faz sentido no seu contexto.

E nunca esqueça: o que constrói empresas sólidas ainda é o mesmo de sempre: gente que pensa, sente, decide e cria com propósito.

Que a tecnologia te ajude a ser mais humano. E que você nunca esqueça: o que nos diferencia… não é o que usamos, mas como usamos.

Com afeto,

Como você avalia a edição de hoje?

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