- Planning News
- Posts
- Quem você está escutando?
Quem você está escutando?
Planning News | Edição #027
Essa semana perdi a conta de quantos anúncios de Black Friday apareceram pra mim…
Dez cursos, cinco mentorias, promessas milionárias, atalhos pra liberdade e mais uma enxurrada de “melhor oportunidade da sua vida”.
O discurso é de liberdade, mas, na prática, parece que eu tô assistindo o desenho da corrida maluca versão 2025.
Observando tudo isso, me peguei pensando “por que está tudo tão intenso, tão insano, tão barulhento?”
Sério, o que está acontecendo esse ano?
Parece que o mundo inteiro entrou num transe coletivo de fazer mais, vender mais, ser mais. E, sinceramente? Eu não acho que isso é normal.
Todo excesso esconde uma falta… tá faltando o quê?
Essa é uma boa pergunta e eu começo essa newsletter com ela hoje, mas já te adianto que eu não sei a resposta, ela é particular de cada um(a) de nós e espertos são os que refletem sobre isso.
Ah, e se você achou que eu iria falar “mal” de vendedores de cursos, não vou. Primeiro porque eu não acho isso ético, segundo porque tem gente séria nesse rolê, alguns eu respeito e outros tantos eu admiro e muito, porque eu sei do impacto que eles têm na sociedade e por isso eu acompanho, dentro de milhões de ofertas eu sei que existem aquelas que de fato agregam valor e somam para as nossas intenções particulares.
E é aqui que eu quero focar hoje: sua intenção particular.
Quais tem sido as intenções por trás das suas ações? Por que você está fazendo o que você está fazendo?
O problema não está em comprar cursos ou seja lá o que for, o problema está muitas vezes na ilusão de que existe um botão mágico capaz de resolver o que, na real, só se resolve com tempo, consciência e prática.
A gente quer a transformação, mas não quer atravessar o processo, queremos o resultado, mas também pular as etapas, queremos ser bons no que fazemos mas nem sempre admitir que só vamos melhorar fazendo mais e mais e nos colocando no lugar de primeiro reconhecer que não sabemos e depois praticar pra aprender mais e evoluir.
Queremos a clareza, mas vivemos imersos em ruído, sempre buscando o que fulano faz, o que fulano fez, o que sei lá quem tá dizendo, o que posso fazer também e tem gente criando empresas à la Frankenstein.
E o mais curioso é que esse comportamento não está só do lado de quem compra está também do lado de quem vende, tem muita gente vendendo no desespero, tentando resgatar produtos antigos, ideias ultrapassadas e modelos que não conversam mais com o contexto atual do mundo e ainda estão anunciando isso como algo inédito, como “a oferta que você não pode perder”.
É um ciclo onde um vende no medo, o outro compra no impulso e o mercado vai girando, girando, girando… até todo mundo ficar tonto.
Mas eu não tô aqui pra apontar o dedo, eu também me pego nesse looping e me vejo clicando em anúncios, me inscrevendo em aulas, consumindo conteúdo como quem busca oxigênio e quando percebo, minha cabeça está cheia.
E eu, exausta.
Sobrecarga de informação é sintoma do nosso desejo de não focar no que é importante, e é aí que tá a raíz do sintoma, do que a gente tá fugindo? que espaço é esse que tanto precisa preencher?
Foi aí que eu comecei a me perguntar: o que exatamente a gente está tentando preencher com tudo isso? Se o excesso esconde uma falta, o que está me faltando? O que está faltando pro mundo?
Por vezes estamos tão ocupados buscando a próxima resposta milagrosa e quase não sobra tempo pra pensar estrategicamente e em impacto disso pro futuro, falta tempo pra pensar, falta clareza, falta direção porque está existindo somente a pressa.
Falta coragem pra olhar pra dentro antes de buscar lá fora, falta lucidez pra discernir o que é aprendizado de verdade e o que é só distração disfarçada de produtividade.
Mas, por onde podemos começar então?
Quem você está ouvindo?
Eu comecei respondendo isso aqui, ter consciência disso eu acredito ser o primeiro passo. Responda isso de forma honesta e descubra o que isso te mostra, eu sei que a verdade assusta mas ela também liberta.
Nos últimos dias, eu me peguei pensando sobre as vozes que deixo entrar na minha cabeça, as que influenciam o que eu acredito, o que eu sinto e até o que eu decido e como isso impacta em quem sou, o que faço e inclusive na minha carreira.
Nós somos influenciáveis, eu sou, você é, todos somos. Parar pra perceber o que nos influencia é importante, tem uma frase que a Camila Vidal, uma das minhas pessoas no mundo, sempre fala:
“O jeito de pensar guia o jeito de fazer.”
E é exatamente isso. Nosso jeito de pensar molda tudo, molda as decisões que tomamos, os rumos que damos à empresa, o modo como lidamos com as pessoas e até como interpretamos o mundo.
Mas o jeito de pensar não nasce do nada, ele é moldado pelas experiências, pelos contextos e, principalmente, pelas vozes que escolhemos ouvir.
No início de outubro, eu percebi que estava ouvindo vozes demais, mentores, especialistas, amigos, pessoas que admiro, podcasts, reels, livros… Vozes com tanta certeza, com tanta convicção, que se a gente não estiver atenta, parece que tudo é verdade absoluta e talvez até seja, mas a gente nem sempre leva em consideração indivíduo e contexto.
E isso é perigoso, bem perigoso na verdade porque pode trazer o que eu chamo de paralisia analítica ou a onda forte do sentir e aí, aí o nosso foco se perde e paramos de escutar com presença e de agir com intenção.
É aí que a nossa voz vai ficando fraca, a intuição se cala, a comparação chega, a dúvida aumenta e a gente começa a agir a partir do barulho e não da consciência.
Foi o que aconteceu comigo, eu estava ansiosa, consumindo informação sem parar, achando que precisava de mais coisas, buscando agradar pessoas mas o que eu precisava mesmo era de silêncio, espaço e tempo pra digerir o que já sabia e criar uma estrutura que sustente isso no dia a dia.
E foi ali que me veio essa provocação interna:
Duda, quem você está ouvindo?
Quem você tem deixado ocupar espaço na sua cabeça?
Quem tem influenciado a forma como você pensa, lidera e decide?
Você está ouvindo quem te inspira ou quem te acelera?
Quem te provoca a pensar melhor ou quem te convence a correr mais?
Olhando pra essas perguntas, consigo parar pra entender quem eu tô escolhendo ouvir, espero que elas possam te ajudar a refletir por aí também.
2025: o ano das incertezas

Imagem do Google
É um ano estranho, nada é exatamente como era, e ao mesmo tempo tudo parece igual demais.
As promessas continuam as mesmas, os discursos também, mas a energia mudou.
Tem algo no ar… um cansaço coletivo, uma desconfiança silenciosa, uma vontade de fazer diferente misturada com medo de arriscar.
É como se quem tivesse segurando o controle do mundo tivesse apertado um grande botão de “recalcular rotas” só que agora ninguém sabe exatamente pra onde está indo, mas continuamos andando, meio no automático, meio na esperança.
2025 me parece o ano em que o mundo inteiro está tentando encontrar o que é real de novo e o que fará sentido a partir de agora.
Mas entre tantas incertezas, uma coisa eu percebo com clareza: quem aprender a sustentar a calma no meio do caos vai construir o futuro, porque não é sobre prever o que vem mas sim sobre estar lúcido o suficiente pra decidir bem, mesmo quando nada parece estável.
É ter coragem de recalcular a rota mas com presença, com menos fórmula e mais consciência.
E tô falando de recalcular rota porque esse ano, 99,9% das empresas que conheço (inclusive o próprio Planning) precisaram recalcular rotas.
Os resultados não vieram na mesma intensidade dos anos anteriores e as pessoas estão mais cautelosas, mais seletivas, mais cansadas. E ainda assim, o barulho aumentou (talvez porque quem está em desespero grita), talvez o barulho seja um pedido coletivo de socorro…
É como se o mercado inteiro estivesse tentando tapar um buraco com mais volume, mais anúncios, mais lançamentos, mais promessas, mais gatilhos.
Mas o que está faltando não é intensidade, na minha opinião é lucidez.
Só que o que está em jogo não é vender menos, é pensar menos e dar ouvidos demais às vozes externas.
Quantas decisões você tomou este ano com base no que “todo mundo estava fazendo”?
Quantas ideias boas morreram porque alguém disse que “não era o momento”?
Quantas vezes você duvidou do que sentia porque outra pessoa parecia mais certa que você?
Se for sincero(a) consigo mesmo(a), provavelmente foram mais vezes do que gostaria de admitir. E tudo bem, eu também já fiz isso, esse ano inclusive inúmeras vezes e se não ficar atenta faço outra vez.
Às vezes eu tenho a sensação que a gente vive em um tempo em que a validação externa virou bússola e isso é meio que um saco. Antes de agir, olhamos pro lado: o que o mercado está fazendo? o que fulano fez que deu certo? o que disseram que é tendência?
Mas, cadê nossos próprios pensamentos?
Nesse movimento, a gente vai terceirizando o próprio ato de pensar, vai deixando de ser autor pra virar eco e ficar reproduzindo o que outra pessoa diz mas sem embasamento e vivência pra isso, é só eco, não leva vida, não agrega, não constrói, só é mais um barulho num mundo que não sabe mais como silenciar.
A gente tá com mania de querer resposta pronta nessa era da busca por mais, mais eficiência, mais vendas, mais, mais, mais… tem coisas que não tem respostas prontas, é preciso pensar e construir um raciocínio estratégico que nos ajude a tomar as melhores decisões pensando em futuros.
Num mundo onde tudo muda tão rápido é preciso estratégia, não só para crescer, também pra sobreviver e permanecer, sem um plano como a gente vai saber pra onde tá indo?
Acho que é por isso que eu sou tão alucinada por planejamento, talvez nessa ânsia de tentar encontrar uma reposta ou ajudar pessas a desenvolverem soluções pra um lugar melhor, sem planejamento como se pensa em futuros? E não existe planejamento sem estratégia, então, graças a Deus eu encontrei um lugar no mundo onde posso usar o que amo e gosto de fazer pra ajudar a construir futuros melhores.
E dentro disso eu percebo que o problema não é ouvir o outro, é só ouvindo o outro que a gente expande nossa visão de mundo, a questão é não saber o que filtrar, é esquecer que o papel do líder não é seguir o manual do vizinho, é pensar o seu próprio manual.
É por isso que uma das 10 habilidades para o futuro da liderança é justamente uma liderança mais consciente.
E isso para mim começa no próximo passo:
A intenção por trás da escolha
Com o tempo, eu aprendi que evoluir não é acumular conhecimento é mais sobre refinar discernimento, não é sobre aprender mais, é sobre aprender o que faz sentido pra você e compartilhar isso com o mundo mas principalmente, sobre ter coragem de ficar em silêncio quando todo mundo está gritando.
É por isso que gosto de pensar que o(a) líder do futuro não é a pessoa mais barulhenta, é a pessoa mais lúcida.
2025 está me esfregando na cara de um jeito nada confortável que o futuro pede uma liderança mais consciente, uma liderança que sabe filtrar, escolher e sustentar o próprio pensamento, mesmo quando o mundo inteiro tenta empurrar outro caminho.
Ouvir menos não é arrogância. É lucidez. É saber que nem toda opinião precisa ser considerada, nem todo conselho precisa ser seguido e que ouvir tudo pode ser tão perigoso quanto não ouvir nada.
Quem tenta agradar todas as vozes se perde da própria e quem tenta seguir todos os caminhos acaba andando em círculos. Mas, se a nossa cabeça tá tão cheia assim de coisas, o que a gente pode fazer pra aliviar?
Bom, eu vou compartilhar o que me ajuda de forma prática entender o que eu estou ouvindo, entender meus pensamentos e organizar um caminho coerente e que possa fazer sentido no meu dia.
Não trago isso como verdade absoluta, trago apresentando coisas que eu descobri no mundo e melhoraram minha vida, me trazendo clareza e respostas:
Método GTD → pra esvaziar minha mente

“Sua mente foi feita para criar, não para armazenar informações”.
No meio de tantas informações e estímulos, quando a mente tá cheia, o que fazer?
Encontrei no GTD um caminho pra isso ele me mostrou como esvaziar minha mente, trazendo um método que eu pude trazer pra minha realidade e pro meu jeito de pensar.
Não vou me aprofundar muito sobre ele aqui porque eu amo tanto esse livro que escrevi uma edição somente sobre ele O livro que mudou a minha vida caso você queira ler.
OKRs → me mostram o caminho

OKR tá sendo tipo GTD, mas ainda é algo recente, eu sei que tem inúmeros métodos existentes mas atualmente esse é o que tem feito sentido para o nosso contexto, é o que a gente tá testando com clientes, é o que estamos vivendo na prática, tem feito parte de conversas diárias.
Eu conheci em 2019 na Neil Patel Brasil quando eu gerenciava os projetos de tradução da agência, mas eu confesso nunca me aprofundei com intenção até que em dezembro de 2023 um cliente contratou o Planning para melhorar o processo de gestão estratégica da empresa dele.
E não é que tinha OKRs no meio? 😅
Aí comecei a me pesquisar mais sobre, li os livros, assisti mini cursos, aulas, fui trocar com pessoas e desde então temos feito ciclos de planejamento estratégico usando OKRs com esse cliente e esse ano eu trouxe OKRs para o Planning.
Se a gente tá ajudando uma empresa com isso eu quero ter vivência na prática pra contribuir melhor, pra ganhar experiência, não pra saber o conceito mas não entender as complexidades da prática.
E se eu te contar que isso fez um rebuliço interno e me mostrou várias faltas e falhas como líder? Olhar pra isso me trouxe de cara com o espelho, OKRs falam somente a verdade, nada além da verdade.
E ainda tem um método, quer coisa mais linda que isso? Tem sido libertador e esclarecedor.
Foi como encontrar um jeito didático de explicar tudo o que eu preciso saber responder e acompanhar na prática mas eu não conseguia criar e ter uma tese consolidada o suficiente, e o lado bom de OKRs é que esse método se provou no tempo e em milhares de empresas.
OKRs ensinam a focar no que importa, no essencial, tem uma filosofia por trás que me encanta, que de alguma forma simplifica a vida pra mim e me lembra que o essencial não é sobre fazer mais.
Talvez nesse momento de mundo que a gente tá vivendo onde tudo é dobra a meta, aumenta a meta, faz mais, quero mais OKR mostra o contrário, que não é sobre fazer mais é sobre fazer aquilo que importa.
Não é sobre excessos, é sobre direção.
Eu não sei como consegui ter uma empresa por 4 anos sem OKRs antes 🤯
Na real, antes a gente media faturamento e satisfação do cliente. Sempre tivemos intenção, metas anuais, objetivos, mas de um jeito diferente, não tão maduro eu diria.
Hoje eu sinto que a gente tá diferente e que OKRs trouxeram mais facilidade, clareza e visão coletiva do negócio para todas as pessoas que fazem parte dele.
Eu não sou especialista em OKRs, sou uma aprendiz curiosa que está usando dentro da própria empresa e com clientes, não tô aqui no lugar de te ensinar sobre OKRs nessa newsletter mas pra contar o que eu tenho aprendido também.
Notion → meu backup mental
Lembra do GTD que falei ali? Eu trouxe a frase do autor do livro e criador do método que diz “Sua mente foi feita para criar, não para armazenar informações”.
Se a gente não tiver então um espaço pra armazenar as coisas da nossa mente, faz como?
Importante alinhar: eu vou falar do Notion em si mas o foco não vai ser nele ou em uma ferramenta, mas sim na estrutura, na metodologia, até porque eu não defendo ferramenta eu defendo eficiência e excelência, defendo uma boa experiência e clareza coletiva.
É o método que faz a diferença, a ferramenta dá vida e espaço pro método.
E hoje, o Notion me dá isso. É ali que eu uso pra organizar as minhas coisas, trazendo inclusive GTD como base do sistema e OKRs também. A união dos 2 resulta no que sustenta a direção estratégica e as rotinas do Planning hoje.
O Notion foi o lugar que encontrei para criar o que eu preciso, um sistema sob medida e funcional, útil e ágil para o dia a dia.
Eu uso desde 2021, no Planning temos um curso Sistema Empresa Organizada que é 100% feito com o Notion e ensinamos como levar isso pra dentro das empresas, e já tivemos também o curso Notion Descomplicado em 2022 e 2023, ao todo nesses 2 cursos já temos mais de 1500 alunos (ensinamos sobre o Notion desde 2022) e eu acho isso fantástico porque eu sei que esse método melhorou minha vida e a de outras pessoas e negócios também.
Lá, ensinamos o que fazemos, hoje uso o Notion pra esvaziar minha mente e não ficar ocupando espaço mental com o que eu não preciso, criei um espaço chamado “Mente da Duda” e é nele que eu me organizo:

Print do meu ambiente pessoal onde organizo a mente no Notion
Também é nele que eu gerencio minha empresa, projetos, processos, indicadores, acompanho operação, tudo.
Eu tenho acesso a informação que eu preciso na palma da mão e ele sustenta toda a estrutura do que o Planning é, nos permite vivermos nossos valores na prática e além de organização nos dá liberdade criativa e dados.
Atualmente (outubro de 2025) o sistema de gestão do Planning is Cool está assim:

É isso, são essas 3 coisas que são bússolas pra mim hoje e trazem mais clareza pro meu dia a dia.
GTD esvazia o caos mental e me ajuda organizar a mente, traz clareza e caminho
OKRs me guiam e trazem clareza de onde preciso focar
Notion é onde eu encontro um espaço pra criar a estrutura viva que preciso no dia a dia que sustente tudo isso
E aíiii só aí então tendo mais clareza é que eu realmente decido o que estudar, quem eu quero ouvir e vou escolher para me ensinar, se vai ser um livro, um curso, uma mentoria, um artigo, etc.
Primeiro a intenção, depois a escolha!
Sem intenção, não tem critério, sem critério é impossível saber o que escolher.
Eu literalmente tenho uma lista de assuntos que me interessam e quero estudar, mas eu sei que possivelmente eu morra sem estudar tudo que eu tenho vontade, eu posso estudar a vida toda e ainda assim não vou saber nem 1% do que existe no mundo, então, eu busco me concentrar nas seguintes perguntas:
“O que eu preciso aprender pra aplicar?” o que o momento tá pedindo? que habilidade preciso desenvolver? o que preciso aprender que vai me ajudar a resolver o que preciso no dia a dia? e é isso, priorizo estudar sobre aquilo que eu preciso aplicar, assim isso se torna um aprendizado vivo, que aplico e vou aprendendo e adaptando.
“O que eu quero descobrir? o que importa pra mim?” até porque eu não estudo só sobre coisas que quero aplicar hoje e no trabalho, eu me interesso por diversos outros assuntos e aqui eu escuto meu coração e o tempo e o momento que eu tenho, o que cabe dentro dele e deixo a intuição guiar porque é aqui que descubro novas visões de mundo e me descubro também.
E depois disso, é que eu tomo uma decisão. Não com base na emoção, com base na intenção, pensando em futuros e nos recursos disponíveis também obviamente, se não cabe o que eu quero no meu bolso agora, eu vou trabalhar até que dê.
E nesse percurso existe algo essencial:
O silêncio

Mia Wallace em Pulp Fiction
O silêncio tem um poder que a gente esqueceu: ele nos organiza.
E na presença certa ele é confortável, se não é quando tem apenas você, busque entender isso e pedir ajuda.
Mas não tenha medo do silêncio, ele é essencial, ele é bom, é com o silêncio que a gente encontra espaço e criatividade.
É no silêncio que as ideias aparecem, que o corpo desacelera e que a mente volta pro lugar. Não é à toa que os melhores insights surgem quando a gente tá lavando a louça, tomando banho ou caminhando sem pressa, engraçado que a maioria das ideias vem acompanhadas com uma frase de “eu tava pensando nisso enquanto…” e esse espaço pra pensar é essencial.
É no silêncio que a gente se escuta de verdade, é por isso que mesmo amando pessoas eu amo meus momentos de silêncio, eu amo os meus momentos comigo.
Pra mim o silêncio não é ausência de som, é presença de consciência. É tipo o espaço entre um pensamento e outro, onde as coisas se encaixam e ganham forma.
O que me ajudou a gostar ainda mais desse silêncio foi que desde 2023, eu pratico mindfulness todos os dias. Não como um ritual perfeito, mas como uma escolha constante de voltar pro agora.
Isso me ajuda a respirar antes de reagir. Ouvir, antes de falar. E, sinceramente, isso mudou completamente a forma como eu lidero e vivo, porque é quando me conecto comigo e com o momento presente.
Quando eu faço isso, eu percebo mais.
Percebo o que o outro quer dizer, mesmo quando ele não diz, percebo o que está me atravessando, o que é meu e o que é só barulho e é nesse espaço que eu tomo decisões melhores, com mais calma, clareza e presença.
O mundo fala tanto sobre produtividade, performance e eficiência mas quanto mais a gente acelera, menos espaço sobra pra pensar e sem espaço, a gente reage, não cria.
Pense em quais vozes você está escutando, se pergunte quem está te influenciando?
Eu fiz isso pra tirar um pouco do excesso e pra conseguir me perguntar:
O que eu quero de verdade?
O que o Planning precisa de verdade?
Que futuros eu me vejo construindo?
O que o momento está te pedindo?
Que marca eu quero deixar no mundo?
E foi encontrando espaço para o silêncio e para pensar e criar que muitos pontos estão começando a se conectar.
E para que possamos continuar nesse movimento de reduzir os excessos e focar no que é essencial fica abaixo o encerramento + insight pra você aplicar durante os próximos dias (se fizer sentido pra você), recomendo :)
Do Insight à ação
Silencie um pouco o barulho.
Desligue o som do mundo e volte a escutar o que está vivo dentro de você.
Talvez seja isso que o momento pede pra mim, pra você, pra todos nós. Silenciar um pouco o barulho do mundo e voltar a escutar o que é necessário, sabe?
Tirar um pouco esse ruído, entender o teu próprio ritmo e se perguntar onde o teu foco precisa estar agora.
No Planning, a gente acredita que o silêncio também é gestão, até porque não existe boa estratégia sem reflexão e nem boa liderança sem presença.
Nessa edição eu compartilhei pontos meus e caminhos que encontrei pra me dar mais estrutura, clareza e espaço pra pensar no dia a dia.
Sem OKRs, GTD e Notion nem sei como seria minha vida minha empresa hoje, mas esse é um caminho que eu encontrei, você pode encontrar o seu e se quiser ajuda do Planning conte com a gente :)
Minha sugestão pra você hoje é: encontre um espaço pra ouvir a sua própria voz.
Diminua os excessos, concentre-se em encontrar a sua própria voz e ser protagonista da sua própria vida. Escute-se.
Talvez seja isso que o momento pede pra mim, pra você, pra todos nós, silenciar um pouco o barulho do mundo e voltar a escutar o que é necessário.
Ficar de cara com o espelho da vida às vezes é desconfortável e o silêncio conta coisas pra gente que na correria do dia a dia a gente ignora, mas ignorar algo não fará isso se resolver, só que ao parar pra pensar nisso talvez você encontre novos caminhos e descubra novas possibilidades.
Nesse momento de fim de ano, talvez o convite seja esse: reajustar a rota.
Ao invés de correr pra fazer mais, escolher fazer menos e com mais intenção.
Desativar o modo “correria” e ativar o modo “consciência” pra encerrar o que precisa ser encerrado e respirar antes de recomeçar em 2026.
Silenciar não é desistir, é recuperar o foco, é voltar pra si e se perceber. E é desse lugar que nascem as melhores decisões, as melhores ideias e as empresas mais conscientes e autênticas num mundo onde hoje em dia é tão fácil ser tudo igual.
Encontre espaços para ouvir a sua própria voz, escolha um momento do seu dia pra ficar em silêncio, nem que sejam cinco minutos sem música, sem notificações, sem barulho.
Observe o que aparece nesse espaço, às vezes, a clareza que você tanto busca já está aí só está esperando o barulho baixar pra poder ser ouvida.
Se escute e entenda o que o momento te pede, tenha coragem.
Eu Duda acredito que a clareza começa na mente do líder, porque não existe empresa organizada com uma liderança confusa e é por isso que trago esses assuntos aqui, espero ter ajudado com bons insights na edição de hoje.
Que essa pergunta possa continuar em nossos corações “quem eu estou ouvindo?” e nos ajude a pensar mais sobre a vida que queremos viver em 2026 e o que é essencial pra isso.
Escute a sua própria voz. Viva a sua própria vida.
E se entender que essa newsletter é relevante, deixe seu comentário aqui no final dessa edição e compartilhe com outras pessoas que talvez estejam precisando parar pra pensar em quais vozes elas estão escutando também 💙
OBS: nessa Black Friday escolha com intenção e consciência, não compre promessas, escute você primeiro, só você sabe daquilo que verdadeiramente precisa, respeite seu contexto e busque agir com intenção e prudência.
Você precisa de mais o que?
Vamos pensar sobre isso…
Com afeto,

Como você avalia a edição de hoje?Sua opinião é importante para me ajudar a melhorar nas próximas |
Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas. |

Reply